O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, anunciou nesta terça-feira (9) que, por ordem do ditador do país, Nicolás Maduro, estabelecerá contato com o titular da pasta equivalente na Colômbia, Iván Velásquez Gómez, para restabelecer as relações militares entre as duas nações.
“Recebi instruções do comandante em chefe da FANB (Força Armada Nacional Bolivariana), Nicolás Maduro, para estabelecer contato imediato com o ministro da Defesa colombiano, para restabelecer nossas relações militares”, disse Padrino no Twitter.
Tanto Maduro como o novo presidente colombiano, Gustavo Petro, haviam anunciado que restabeleceriam relações diplomáticas em todos os níveis desde a posse deste último, ocorrida no domingo (7), e que estavam rompidas desde 2019 devido às diferenças entre o líder chavista e o governo do ex-presidente Iván Duque.
As declarações de Padrino, feitas durante uma cerimônia de entrega e recepção de vice-ministérios no estado de Lara, coincidem com o mais recente pedido de Maduro ao presidente colombiano de “reconstruir a irmandade” entre ambos os países.
Após a cerimônia de posse de Petro, o mandatário venezuelano parabenizou o esquerdista e ressaltou que estende a mão “para reconstruir a irmandade com base no respeito e no amor entre os povos”.
Colômbia e Venezuela, que compartilham uma fronteira de 2.219 quilômetros, não têm relações diplomáticas desde 23 de fevereiro de 2019, quando foram rompidas por ordem de Maduro, em meio a uma escalada de tensão com o então presidente colombiano, Duque, que apoiava o líder opositor venezuelano Juan Guaidó.
Desde então, o governo da Venezuela acusou Duque de fazer planos terroristas e empreendeu uma campanha militar nas fronteiras para combater “terroristas armados narcotraficantes colombianos”.
Duque, sua vez, acusou Maduro de abrigar grupos guerrilheiros e de traficantes de drogas colombianos e denunciou a escalada autoritária no país vizinho - a Colômbia foi o país que mais recebeu imigrantes venezuelanos, mais de 2 milhões, devido ao desastre econômico do chavismo.
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