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Presidente da Argentina, Javier Milei
Presidente da Argentina, Javier Milei| Foto: EFE/EPA/ANDRE PAIN

O governo da Argentina reconheceu nesta terça-feira (10) que está avançando para proteger o asilo dos seis opositores venezuelanos na sua embaixada em Caracas, na sequência da decisão do regime de Nicolás Maduro de revogar a autorização que o Brasil tinha para proteger a sede diplomática.

“A Venezuela é uma questão que encaramos com muita cautela e quando, de fato, tivermos algo definido e que, efetivamente, tivermos algum progresso nestas matérias, iremos comunicar”, indicou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, durante entrevista coletiva na Casa Rosada, sede do governo.

“O Brasil está alinhado com essa questão, que não pode fugir das convenções internacionais, das boas práticas, da lei e do respeito, não só a Argentina, mas em nenhum país do mundo pode ser atacado ou tentado tirar o valor que uma embaixada tem em um país estrangeiro”, acrescentou o porta-voz.

O Brasil assumiu o controle da sede diplomática argentina em Caracas após a expulsão do corpo diplomático do país no início de agosto, dentro das tensões entre o governo de Javier Milei e a ditadura de Maduro que foram intensificadas devido à denúncia do presidente argentino sobre a “vitória” de Maduro nas eleições de 28 de julho, que Milei descreveu como sendo uma fraude.

Após a decisão do ditador venezuelano de revogar a autorização do Brasil para a guarda da sede, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou no último domingo (8) sua preocupação com a situação e confirmou que o Brasil "permanecerá com a custódia e defesa dos interesses argentinos até que a Argentina designe outro Estado" válido para o regime de Maduro.

Alguns dos opositores asilados na embaixada alertaram este fim de semana para um “cerco” à sede diplomática pelas forças de segurança do regime chavista, que haviam “tomado o acesso” ao edifício e cortaram o fornecimento de energia elétrica, ação que foi encerrada após o exílio do opositor Edmundo González Urrutia.

Sobre esta questão, Adorni manifestou nesta terça que “os episódios ocorridos no fim de semana trouxeram muita preocupação a todos”, embora tenha esclarecido oficialmente que “foram desativados ou não se agravaram”.

Na última sexta, o Ministério das Relações Exteriores argentino pediu ao procurador da Corte Penal Internacional que solicitasse a emissão de “mandados de prisão contra Nicolás Maduro e outros líderes do regime”, considerando que cometeram “crimes contra a humanidade” após as eleições presidenciais.

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