Logo da PDVSA, a petrolífera venezuelana, em posto de combustível de Caracas| Foto: FEDERICO PARRA/AFP

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um aumento nos preços dos combustíveis em 41 municípios na fronteira com a Colômbia, a partir desta terça, no que disse ser uma tentativa de desencorajar o contrabando. "Vou deixar mais cara a gasolina na fronteira colombiana. Já nos roubaram o suficiente", afirmou Maduro em um post nas redes sociais. Não foi informado o valor exato do aumento. 

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 Maduro já havia sinalizado que implementaria a medida, como parte de um pacote econômico que incluiu o corte de cinco zeros da moeda local, que passou a ter seu valor atrelado a uma criptomoeda estatal ligada ao preço do petróleo.  Os preços dos combustíveis são um tema sensível no país. Em 1989, durante o governo de Carlos Andrés Pérez, um aumento, acoplado a medidas de austeridade e privatizações, resultou em uma revolta popular conhecida como Caracazo. 

Subsídios à gasolina

 Maduro disse que, nos próximos dias, anunciará detalhes de um novo esquema de preços para hidrocarbonetos e um subsídio direto a venezuelanos portadores do cartão nacional, uma identidade que dá ao portador acesso a programas sociais. 

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 O ministro da Fazenda, José David Cabello, anunciou um aumento no Imposto de Valor Agregado (IVA), de 12% para 16%. Estão isentos itens como alimentos e remédios, em falta no país. O imposto sobre transações financeiras sobe de 0,75% para 1%. "[O aumento] Se dirige aos grandes contribuintes especiais, um universo de aproximadamente 140 mil empresas, pessoas jurídicas, que geram riqueza acima da média", afirmou Cabello.   Segundo ele, os ajustes "favorecerão os mais despossuídos, o povo".