O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou nesta terça-feira (20) que não vai participar mais da missão de observação da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) nas eleições parlamentares da Venezuela, em dezembro.
A decisão é tomada após o governo do presidente Nicolás Maduro vetar a participação do ex-presidente do tribunal Nelson Jobim na missão. O veto foi noticiado nesta segunda (19) pelo jornal Folha de S.Paulo.
Em nota oficial, o TSE disse ter buscado contribuir para que a missão de observadores fizesse “um trabalho de observação objetivo, imparcial e abrangente” e que, por isso, sugeriu à presidente Dilma Rousseff o nome de Nelson Jobim.
“Embora o candidato brasileiro tenha angariado amplo apoio entre os Estados-Membros, foi preterido na escolha final para a chefia da missão por suposto veto das autoridades venezuelanas”, disse o tribunal.
O órgão eleitoral brasileiro disse ainda que tentou participar de uma aliança com o Conselho Nacional Eleitoral do país, mas que não foi possível diante da falta de resposta da autarquia venezuelana.
“A demora do órgão eleitoral venezuelano em pronunciar-se sobre a versão revista do acordo fez com que a missão não pudesse acompanhar a auditoria do sistema eletrônico de votação e tampouco iniciar a avaliação da observância da equidade na contenda eleitoral, o que, a menos de dois meses das eleições, inviabiliza uma observação adequada”.