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Primárias na Venezuela

Venezuelanos escolhem candidato da oposição para enfrentar o chavismo em 2024

Primárias na Venezuela
Venezuelanos vão às urnas para escolher quem vai representar a oposição na próxima eleição presidencial. (Foto: Miguel Gutiérrez/EFE)

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Os primeiros centros de votação para as eleições primárias da Venezuela, que escolherão o candidato da oposição para enfrentar o chavismo nas eleições presidenciais de 2024, abriram as portas às 8h locais (9h em Brasília), de acordo com a agenda estabelecida pela organização para iniciar o processo.

Dez candidatos concorrem às eleições internas da oposição, dos 13 inicialmente registrados, após o ex-governador Henrique Capriles e os ex-deputados Freddy Superlano e Roberto Enríquez terem retirado as suas candidaturas a poucos dias das eleições.

Os candidatos são os oposicionistas María Corina Machado, Carlos Prosperi, Andrés Caleca, Tamara Adrián, Delsa Solórzano, Andrés Velásquez, César Pérez Vivas, César Almeida, Gloria Pinho e Luis Farías.

A Agência EFE identificou pequenos incidentes em alguns pontos de votação, como a ausência de testemunhas ou outros membros da mesa, o que obrigou os outros envolvidos a esperarem pela sua chegada.

Para estas eleições, o recenseamento fechado de eleitores totaliza pouco mais de 20 milhões de pessoas, dentro e fora da Venezuela, onde foram instalados centros de votação em 28 países, após a votação ter sido cancelada na Argentina, por coincidir com as eleições presidenciais no país, e em Israel, devido à guerra com o Hamas.

A ex-deputada María Corina Machado é projetada como a vencedora indiscutível destas eleições, com uma vantagem nas pesquisas de intenção de voto cinco vezes superior à do seu concorrente mais próximo, o ex-deputado Carlos Prosperi, que apresentou objeções pedindo o adiamento das primárias, a menos de 24 horas da abertura.

Segundo Prosperi, os organizadores do pleito agiram de forma desigual na escolha do pessoal que trabalhará nas mesas de voto, onde existe "uma tendência desproporcional" a favor de Machado, afirmou o ex-legislador, sem fornecer mais argumentos.

Apesar das "graves irregularidades" denunciadas, ratificou neste sábado que se mantém na competição para "erradicar estes vícios", embora tenha condicionado o reconhecimento dos resultados a múltiplos fatores, entre os quais nomeou a possibilidade de "algumas mesas de votação não estarem instaladas" ou de haver casos em que as atas apresentem números diferentes da contagem manual dos votos.

Os demais candidatos sublinharam o seu apoio à organização do processo e pediram aos cidadãos para que votem nos 3.010 centros instalados em todo o país, como primeiro passo para pôr fim ao chavismo, no poder desde 1999.

Por se tratar de um processo autogerido, que não conta com os centros habituais utilizados pelo órgão eleitoral, os pontos de votação estão localizados em locais como praças públicas, residências particulares, estabelecimentos comerciais e estacionamentos.

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