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Disputa pelo Essequibo

Venezuela chama de “provocação” exercício aéreo dos EUA na Guiana

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, criticou o anúncio de um exercício aéreo do Comando Sul dos Estados Unidos na Guiana, mas Georgetown alega que é uma operação rotineira (Foto: EFE/Miguel Gutiérrez)

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O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, qualificou nesta quinta-feira (7) o anúncio de um exercício aéreo do Comando Sul dos Estados Unidos na Guiana como uma “infeliz provocação”, em meio às crescentes tensões entre os dois países sul-americanos sobre o território de Essequibo.

Na rede social X (ex-Twitter), o ministro disse que essa “provocação infeliz dos Estados Unidos em favor dos pretorianos da empresa petrolífera americana ExxonMobil representa outro passo na direção errada”.

O governo venezuelano acusa a empresa de ter “interesses indevidos” na área disputada, rica em recursos naturais.

“Declaramos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação do Essequibo, não se enganem”, escreveu Padrino na rede social, apesar de o exercício aéreo ser uma questão bilateral entre EUA e Guiana, alheio à Venezuela e a suas instituições.

De acordo com comunicado divulgado pela imprensa guianense, as missões aéreas do Comando Sul dos EUA, juntamente com a Força de Defesa da Guiana (GDF), são baseadas em operações de rotina.

“Os militares dos EUA continuarão colaborando com a GDF nas regiões de preparação para desastres, segurança aérea e marítima, bem como na luta contra organizações criminosas transnacionais”, diz a nota.

“Dessa forma, o governo dos EUA continua comprometido com a Guiana como um parceiro confiável para sua segurança e para promover a cooperação regional”, acrescentou.

A operação aconteceu um dia depois de o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmar ao presidente da Guiana, Irfaan Ali, o “apoio incondicional” de seu governo.

A Venezuela criticou na quarta-feira o fato de a Guiana ter “dado sinal verde para a presença do Comando Sul em Essequibo”.

A ditadura de Nicolás Maduro afirmou que a “atitude imprudente de Georgetown abre à potência imperial a possibilidade de instalar bases militares, com as quais está ameaçando a zona de paz delineada nesta região”.

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