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Política internacional

“Venezuela completa equação energética”, defende Cristina

Foz do Iguaçu - A presidente argentina, Cristina Kirchner, defendeu ontem, du­­rante a sessão final da Cúpula do Mercosul, a integração energética do bloco formado pelo Brasil, Uru­­guai, Paraguai e Argentina. Cris­­tina destacou a potência hidrelétrica do Brasil, os projetos argentinos na área atômica e apontou que, com a incorporação da Vene­­zuela – e suas reservas petrolíferas – ao Mercosul, a "equação energética" na região estaria completa.

"A entrada da Venezuela no Mercosul seria um passo transcendental para fechar a equação energética da América do Sul", apontou aproveitando para pressionar o Paraguai, único dos quatro membros plenos que ainda não aprovou a adesão venezuelana. Segundo Cristina, apesar de se trabalhar no desenvolvimento de fontes alternativas de energia, o crescimento da região nos próximos 20 anos dependerá fortemente de fontes de energias fósseis, como o petróleo.

Atualmente, três grandes obras de infraestrutura com vistas à de integração energética estão em andamento. Quase 75% financiados com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do Mer­­cosul (Focem), os projetos somam US$ 670 milhões. São eles: a construção de uma linha de transmissão de energia entre Itaipu e As­­sunção – incluída no pacote de mudanças do Tratado de Itaipu – e as interconexões elétricas entre Uruguai-Brasil e entre Ibera e Paso de los Libres, na Argentina.

O ingresso da Venezuela no bloco está dependendo do Con­­gresso paraguaio – Brasil, Argen­­tina e Uruguai já aprovaram a en­­trada do país do presidente Hugo Chávez. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amo­­rim, disse esperar que o Paraguai aprove em 2011 a incorporação da Venezuela como membro pleno do Mercosul. Neste mês, No início de dezembro, o governo paraguaio retirou do Congresso, pela segunda vez, o protocolo de adesão da Venezuela diante da possibilidade de ser rejeitado pe­­los congressistas.

Cuba

Na quinta-feira, a assinatura do acordo de consultas políticas com Cuba, que permitirá ao país maior participação nas reuniões do Mer­­cosul, levantou rumores de que a ilha estaria iniciando negociações para se tornar membro associado. O ministro Celso Amorim explicou que o entendimento não ga­­rante a Cuba o mesmo status da Bolívia, Chile, Colômbia, Equa­­dor, Peru e Venezuela, apenas o aproxima do grupo. O Brasil ajuda Cuba na recuperação da agricultura e nas obras de melhoria do porto de Mariel.

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