Chavéz pede apoio do BNDES a obras de empresas brasileiras

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, apoio financeiro a projetos que estejam sendo tocados ou que venham a ser desenvolvidos por empresas brasileiras naquele país. A iniciativa de Chávez ocorreu durante encontro com Coutinho na última quinta-feira, em Caracas, e expõe as dificuldades financeiras pelas quais a economia venezuelana vem atravessando, impactada, principalmente, pela forte queda nos preços do petróleo.

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Empresas de siderurgia e metalurgia serão estatizadas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que o governo de seu país vai nacionalizar diversas companhias do setor de ferro e aço, abrindo caminho para a criação de uma grande empresa estatal. "Não há nada a discutir. Estamos trabalhando nisso há muito tempo", disse Chávez, em entrevista transmitida pela televisão.

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Veja que a compra da filial do Santander marca o avanço da política de estatizações

Caracas - O governo da Venezuela pagará US$ 1,050 bilhão (cerca de R$ 2,12 bilhões) ao grupo espanhol Santander pela sua filial no país, o Banco da Venezuela, nacionalizado em 2008. A negociação foi divulgada ontem por Ramón Carrizález, vice do presidente Hugo Chávez.

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O valor corresponde a todas as ações do grupo Santander no Banco da Venezuela, que correspondem a 96% do capital, desde 1996. A venda era negociada desde julho do ano passado, mas havia um impasse sobre o preço a ser pago. Chávez afirmou, em março passado, que o valor do banco havia caído por causa da crise econômica mundial.

De acordo com Carrizález, 60% do valor será pago no momento da assinatura da escritura de compra e venda, no próximo dia 3 de julho, e o restante será entregue ao Santander em duas cotas iguais de pagamento com vencimento em outubro e dezembro próximos.

O vice venezuelano assegurou que a compra vai garantir emprego de todos os funcionários da instituição e as contas correntes de todos os atuais clientes do Banco da Venezuela.

"Em nenhum dos processos de nacionalização os trabalhadores foram afetados, pelo contrário. Este governo tende a fortalecer a classe trabalhadora’’, afirmou.

Para o vice, a compra está "dentro da estratégia de desenvolvimento nacional do país’’ e pretende "fortalecer o setor financeiro público’’.

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Com a nacionalização do Banco da Venezuela, o terceiro mais do país, o governo de Chávez passa a ser a parte mais poderosa do sistema financeiro do país, controlando de 12% a 13% do setor e cerca de 25% de sua renda.

O Banco da Venezuela representa menos de 2% dos negócios do Grupo Santander, instalado em toda a América Latina. O Santander adquiriu o banco venezuelano em 1996, em um leilão público, por US$ 351,5 milhões (mais de R$ 712 milhões).

O governo venezuelano iniciou em 2007 uma política de nacionalização de empresas de áreas estratégicas, como petroleiras, de telecomunicações e de energia elétrica. Em 2007, o projeto chegou às empresas de siderurgia, cimento e bancárias.

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As nacionalizações do governo Chávez para fortalecer o Estado afastarão investimentos no país?

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