O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Carlos Faría, condenou nesta segunda-feira (04), em Moscou, as sanções impostas à Rússia por sua campanha militar na Ucrânia, bem como o fornecimento de armas pelo Ocidente a Kiev para "inflamar" o conflito.
"Em nome de nosso governo, manifestamos a solidariedade expressada pelo presidente Nicolás Maduro, na qual se condena de maneira muito importante o grande número de sanções impostas contra a Federação Russa e seu povo", disse Faría, em entrevista coletiva após uma reunião com seu homólogo russo, Sergey Lavrov.
Em seguida, o ministro venezuelano argumentou que essas sanções "não corresponderam às suas expectativas" e Caracas observa "como a economia russa, apesar de todo esse dano que se pretendia causar, segue adiante com certos inconvenientes".
Na opinião de Faría, "foi um cálculo ruim, um cálculo terrível, um cálculo imperdoável" do Ocidente, onde as economias dos Estados Unidos e da União Européia (UE) se depararam com "um grande problema" com o qual "não sabem como lidar".
"Isso sem dúvida afetará todos os seus povos e isso pode levar até mesmo a algumas mudanças no conceito atual da União Europeia", comentou o chanceler venezuelano.
Faría ressaltou ainda que Caracas condena a aplicação de "sanções ilegais contra qualquer país", uma vez que a ONU é a entidade chamada para lidar com qualquer problema e adotar "algum tipo de pressão" se a maioria dos países considerar necessário.
"É claro que também condenamos essa injeção permanente de técnica militar para manter, alimentar esse conflito, que todos gostaríamos de encerrar, e garantir e cumprir os requisitos e exigências que o presidente Vladimir Putin apresentou na época com o objetivo de salvaguardar a segurança da Federação Russa, de seu território, de todo o povo russo", declarou.
Nesse sentido, Faría salientou que a Venezuela saúda "a posição permanente da Rússia de se sentar em uma mesa de diálogo para chegar a acordos que possam favorecer os interesses tanto da Federação Russa como da Ucrânia".
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