O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) convidou nesta quinta-feira (12) a União Europeia para observar as eleições presidenciais no país, previstas para 20 de maio e cuja legitimidade é criticada pelo bloco.
O pedido foi feito apesar de o regime de Nicolás Maduro ter marcado o pleito em janeiro justamente em retaliação às sanções da união contra chavistas sob a justificativa de violação da democracia e dos direitos humanos.
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Segundo a presidente do órgão, Tibisay Lucena, o convite faz parte do parte do acordo sobre as eleições que saiu das negociações da ditadura com sua oposição, embora estes não tenham firmado o texto e boicotado a votação.
"Convidamos a senhora Federica Mogherini, [chefe da diplomacia] da União Europeia, tal como nos solicitaram. Esse convite já foi enviado", afirmou Lucena, que é um dos alvos das punições da União Europeia a Caracas.
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O anúncio ocorre um dia depois da reunião do chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, com Mogherini, em Bruxelas. Ao ministro, ela disse esperar que o regime se comprometa a realizar eleições presidenciais críveis.
Para isso, no entanto, ela considerou ser necessário garantir a participação de todos os partidos -as duas principais siglas opositoras, Primeiro Justiça (centro-direita) e Vontade Popular (direita), estão inelegíveis.
A declaração foi atacada por Maduro, que acusa Mogherini de aderir ao que chama de extremismo do presidente dos EUA, Donald Trump. "Vai ver o que a União Europeia faz, porque o povo venezuelano vai votar em massa."
A UE não respondeu. Em março, a ONU (Organização das Nações Unidas) rejeitou o envio de observadores porque Caracas não havia enviado solicitação formal à Assembleia-Geral ou ao Conselho de Segurança.
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