O regime venezuelano anunciou nesta segunda-feira (18) a criação de uma divisão da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) para explorar petróleo, gás e minerais no Essequibo, uma região de quase 160 mil quilômetros quadrados que pertence à Guiana e que é reivindicada por Caracas.
O ministro do Petróleo do regime chavista e presidente da PDVSA, Rafael Tellechea, disse que as unidades de negócios para o desenvolvimento petrolífero em Essequibo já estão “ativadas e funcionando”.
“Já as temos ativadas, as unidades de negócios já estão funcionando”, afirmou Tellechea a um grupo de jornalistas.
A Guiana já havia autorizado anteriormente empresas estrangeiras a operarem na área.
O ditador Nicolás Maduro assinou no último dia 8 uma série de decretos para “formalizar” a criação da divisão da PDVSA na região do Essequibo e proceder à concessão de licenças para a “exploração de recursos naturais em todo o território e todos os seus mares”.
A decisão venezuelana ocorre em meio a uma crise diplomática com a Guiana, que acusa Caracas de violar sua soberania e integridade territorial. O Essequibo é um território rico em petróleo e gás natural, que foram descobertos em 2015 pela ExxonMobil, sediada nos EUA. A Guiana se tornou uma das economias de crescimento mais rápido do mundo graças às reservas estimadas em cerca de 11 bilhões de barris de petróleo.
Na quinta-feira (14), Maduro e o presidente guianense, Irfaan Ali, tiveram uma reunião em São Vicente e Granadinas, quando concordaram em não se “ameaçar mutuamente” ou usar a força e abster-se de intensificar qualquer conflito ou desacordo derivado de qualquer disputa, como a relacionada a Essequibo. (Com Agência EFE)
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