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Sem endosso da OMS

Venezuela começa a vacinar crianças de dois a 11 anos contra Covid-19 com vacina cubana

Venezuela está usando a Soberana II e vai liberar ainda o uso da também cubana Abdala e de uma vacina chinesa (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)

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A Venezuela começou nesta segunda-feira (8) a aplicar em crianças de dois a 11 anos de idade, como parte de sua campanha de imunização contra a Covid-19, a vacina Soberana II, produzida em Cuba, informou a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez.

Ainda de acordo com ela, o país sul-americano planeja autorizar nos próximos dias o uso da vacina Abdala, também cubana, e uma das que foram desenvolvidas na China, embora sem revelar qual.

“Devemos dizer, com absoluta segurança e certeza, que temos que vacinar todo nosso povo a partir dos dois anos de idade, e estamos começando hoje a vacinar crianças de dois a 11 anos que devem fortalecer sua capacidade imunológica e de resposta à Covid-19”, afirmou Rodríguez à emissora estatal VTV.

A vice-presidente fez as declarações em uma escola onde acompanhou a aplicação de vacinas em crianças do ensino primário. “A Venezuela já autorizou a vacina Soberana II, uma vacina de Cuba para uso em crianças de dois a 11 anos de idade. E, nesta semana, nas próximas horas, também será dada permissão para uso da vacina cubana Abdala e de uma vacina chinesa”, afirmou.

“Estamos vacinando no momento em toda a região de Caracas, começando com crianças de 2 a 11 anos de idade que podem ter algum tipo de deficiência imunológica que pode ter enfraquecido seu sistema imunológico. Por exemplo, crianças com doença renal, algum tipo de doença que comprometa seu sistema imunológico”, acrescentou.

Embora as principais ongs médicas e associações de saúde estejam exigindo uma aceleração no processo de vacinação contra a Covid-19, elas também se pronunciaram contra a aplicação das vacinas cubanas, porque ainda não foram endossadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O processo de vacinação contra a Covid-19 na Venezuela foi acelerado no último mês com a chegada de vários lotes da vacina russa Sputnik V, e das produzidas pelas chinesas Sinovac - através do mecanismo Covax - e Sinopharm.

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