O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, anunciou nesta quinta-feira (1º) uma série de medidas contra os regimes de Venezuela, Cuba e Nicarágua, a quem chamou de “troica da tirania”.
“Sob a liderança do presidente Trump, os EUA tomarão ações diretas contra esses três regimes para defender o estado de direito, a liberdade e a mínima decência humana em nossa região”, disse Bolton, em um discurso em Miami, lar de muitos migrantes de origem cubana e venezuelana.
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Segundo Bolton, Trump assinou uma ordem executiva (espécie de medida provisória) para impedir americanos de fazerem negócios com entidades ou pessoas envolvidas com a “corrupta” venda de ouro da Venezuela.
“A troica da tirania neste hemisfério – Cuba, Venezuela e Nicarágua – finalmente foi superada”, acrescentou.
Bolton falou na Freedom Tower, edifício onde refugiados cubanos foram recebidos nos anos 1960 após a Revolução Cubana, um dia depois de Trump fazer campanha na Flórida pelos candidatos republicanos ao Senado e ao governo.
A Flórida é tradicionalmente um estado-pêndulo, e um comício do ex-presidente Barack Obama estava previsto para a sexta-feira (2).
Bolton afirmou que o Departamento de Estado vai acrescentar “dentro de dias” mais de uma dúzia de entidades à lista de organizações cubanas associadas com os serviços militares e de inteligência do país. Empresas e indivíduos americanos estão impedidos de fazer negócio com as entidades listadas.
Segundo Bolton, o regime cubano está ajudando o governo do ditador Nicolás Maduro na Venezuela.
Quase dois milhões de venezuelanos deixaram o país desde 2015, em meio a uma crise econômica e humanitária.
Maduro afirma ser vítima de uma “guerra econômica” liderada pelos EUA.
“O regime Maduro tem usado este setor [ouro] como um bastião para financiar suas atividades ilícitas, encher seus cofres e apoiar grupos criminosos”, afirmou.
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Bolton também criticou o líder da Nicarágua, Daniel Ortega, por sua repressão aos opositores políticos, dizendo que seu governo “vai sentir o peso total do robusto regime de sanções da América”.
Já o presidente da Colômbia, Iván Duque, e o presidente eleito Jair Bolsonaro, foram citados como “líderes que pensam como nós”, acrescentando que os EUA vão se unir a eles e aos governos do México e da Argentina para aumentar a segurança e a economia da região.