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América do Sul

Venezuela de Nicolás Maduro entra novamente em recessão econômica

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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)

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Nesta quarta-feira (26), o Observatório de Finanças da Venezuela (OFV), uma organização que acompanha e divulga informações sobre a economia do país, divulgou que a economia venezuelana entrou novamente em um ciclo de recessão.

A organização chegou a essa conclusão após observar que por dois trimestres consecutivos o Índice Mensal de Atividade Econômica da Venezuela registrou contrações acentuadas.

Segundo o OFV, no primeiro trimestre de 2023, ocorreu uma retração de 7,6% na economia venezuelana. Já no segundo trimestre, a queda foi de 6,3%. Analisando o todo, ou seja, o primeiro semestre de 2023 e comparando-o ao mesmo período de 2022, o resultado aponta para uma queda de 7% na atividade econômica da Venezuela.

O novo ciclo recessivo chega em meio a um cenário onde a produção de petróleo apresenta um aumento. No entanto, tal aumento não foi suficiente para compensar as quedas observadas em outros fatores determinantes para o comportamento da demanda agregada doméstica.

De acordo com o Observatório de Finanças da Venezuela, os gastos públicos reais com os estoques do Tesouro Nacional, o crédito bancário real, as vendas do comércio em termos reais e a arrecadação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) tiveram retrações significativas no segundo trimestre.

A fragilidade na demanda agregada da economia venezuelana é atribuída, principalmente, a dois fatores cruciais.

O primeiro é a baixa remuneração para os trabalhadores, especialmente para os funcionários do setor público. Cerca de 4 milhões de aposentados da Previdência Social venezuelana enfrentam condições alarmantes em sua condição financeira: estão recebendo menos de US$ 5 por mês.

Em segundo lugar, está a política de reservas bancárias do país – que são os depósitos que os bancos são obrigados a manter como reserva junto ao banco central para garantir o saque e o limite de empréstimo aos seus clientes.

Atualmente, essa proporção está em 75%, o que significa que a maior parte dos depósitos dos venezuelanos está retida como reserva obrigatória no Banco Central da Venezuela, deixando os bancos comerciais com menos dinheiro disponível em caixa para emprestar aos seus clientes ou a empresas que buscam fazer investimentos no país.

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