A Venezuela divulgou nesta quinta-feira os nomes dos supostos agentes do serviço de inteligência colombiano presos fazendo "espionagem" no país e deu mais detalhes sobre as circunstâncias em que essas prisões ocorreram.

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Segundo o ministro do Interior e Justiça, Tarek el-Aissami, os agentes são o colombiano Eduardo González Himiob e Argenis Gutiérrez e o venezuelano Ángel Narciso Guanare e eles foram detidos no dia 2 na cidade de Maracay, embora a prisão só tenha sido divulgada nesta semana.

A agência de inteligência colombiana, conhecida como Departamento Administrativo de Segurança (DAS), negou que os dois sejam seus funcionários.

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O anúncio aprofunda as tensões entre Bogotá e Caracas, cujas relações bilaterais estão congeladas desde meados deste ano, na véspera da assinatura do acordo militar entre a Colômbia e os EUA - que permitirá a presença de soldados americanos em sete bases colombianas.

Chávez voltou a acusar a Colômbia de "exportar sua violência interna" para os países vizinhos ontem, mas evitou falar sobre o acordo Bogotá-Washington. "Estou pronto para falar de paz com a Colômbia, com os EUA, com o diabo. Porque (a violência) me dói. A violência que sofremos hoje na Venezuela vem da Colômbia", disse, referindo-se ao massacre de 11 jovens, dos quais 9 colombianos, cujos corpos foram encontrados na região de fronteira no dia 11. "De onde são (as vítimas)? Da Colômbia. De onde vêm os assassinos? Da Colômbia", completou.

Segundo El-Aissami, durante a operação de prisão dos três supostos espiões, as autoridades venezuelanas apreenderam um pen-drive que continha um documento da Instituição de Controle Disciplinar Interno do (DAS) revelando "uma grande operação de espionagem contra nosso país e contra os países da região". Centrado na apuração de vazamento de informações do DAS, o documento teria detalhado uma operação realizada na Venezuela.

O DAS, entretanto, anunciou que apenas um de seus agentes está preso na Venezuela - e desde o final de setembro. Segundo o diretor da inteligência colombiana, Felipe Muñoz, o detetive Julio Enrique Tocora Parra teria ido ao país vizinho em férias, a convite de funcionários do serviço de identificação e imigração da Venezuela.

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