O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez
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O regime da Venezuela alegou nesta quarta-feira (10) que a Guiana está "ameaçando a paz" na América Latina ao comprar um navio-patrulha, o que, segundo Caracas, representa um "risco" em meio à disputa entre os dois países pelo território de Essequibo.

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Por meio do X (antigo Twitter), a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, citou uma notícia que informava a compra, pela Guiana, de um navio-patrulha de uma empresa francesa.

"A Guiana, juntamente com os Estados Unidos, seus parceiros ocidentais, e seu antigo senhor colonial [o Reino Unido] constituem uma ameaça à paz em nossa região. A Venezuela permanecerá vigilante em relação a essas ações da Guiana e persistirá no caminho da legalidade internacional", disse.

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A reclamação foi feita dois dias depois de o governo venezuelano entregar documentos à Corte Internacional de Justiça (CIJ) argumentando que o país tem o "título exclusivo de Essequibo', território que faz parte da Guiana há mais de 100 anos.

A Venezuela - que não reconhece a jurisdição da CIJ nessa disputa - reivindica essa região, que representa cerca de 70% do território do país vizinho, incluindo as reservas de petróleo em alto-mar, argumentando que o único instrumento legal válido para se chegar a uma solução é o Acordo de Genebra, assinado em 1966.

A crise sobre a disputa territorial atingiu seu auge depois que a Venezuela realizou um referendo unilateral em 3 de dezembro do ano passado, no qual aprovou a anexação de Essequibo, e o regime do ditador Nicolás Maduro ordenou o estabelecimento de uma divisão militar perto da área disputada, entre outras medidas.

Em março, Maduro disse que a Guiana terá de negociar com seu país depois que a CIJ emitir sua decisão, porque - conforme reiterou - a Venezuela não reconhece a jurisdição desse tribunal. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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