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Perseguição em ano eleitoral

Venezuela diz que prendeu 31 civis e militares em 8 meses por planos de “conspiração” contra Maduro

ameaça de guerra
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (Foto: EFE/ Rayner Peña R.)

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31 pessoas, entre civis e militares, foram presas na Venezuela desde maio de 2023 por supostamente estarem envolvidas em cinco planos de "conspiração" que incluíam uma suposta tentativa de assassinato do ditador do país, Nicolás Maduro, e ataques a instalações militares, informou nesta segunda-feira (22) o procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, que é ligado ao chavismo.

Saab alega que existe uma "conspiração contínua" na Venezuela, que foi descoberta pela Justiça do país, e acusa os detidos de terem cometidos crimes como traição, terrorismo, conspiração, divulgação de segredos militares e tentativa de homicídio intencional.

Em pronunciamento, o procurador-geral venezuelano previu mais prisões e lembrou que as autoridades estão procurando outras 11 pessoas supostamente envolvidas nesses planos, entre elas jornalistas, militares aposentados e especialistas em direitos humanos, todos opositores do regime de Maduro.

Saab diz que quatro das cinco conspirações foram detectadas em 2023 e outra em 1º de janeiro, quando a intenção seria atacar uma base militar no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, e, em seguida, atentar contra a vida do governador dessa região, o chavista Freddy Bernal, e o próprio Maduro.

O procurador-geral identificou todos os presos e procurados com nomes e sobrenomes e mostrou dois supostos depoimentos dos detidos que implicavam líderes da oposição venezuelana e a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos nesses planos.

"Haverá novas prisões porque há grupos que se autodenominam políticos da oposição, mas pertencem à pior ‘extrema direita nazifascista’ de todo o hemisfério ocidental [...] Essa oposição nem sequer é política, é terrorista", disse Saab.

O procurador-geral afirmou que os capturados operavam em Bogotá, capital da Colômbia, junto com membros da Agência Antidrogas dos EUA (DEA) e dos serviços de inteligência colombianos.

Maduro é acusado por diversas organizações de direitos humanos, venezuelanas e internacionais, de perseguir e torturar opositores, bem como de usar o aparato estatal para silenciar dissidentes. O regime chavista também é acusado pelas autoridades americanas de se beneficiar do narcotráfico internacional. Maduro, inclusive, ainda está na lista de procurados dos EUA. (Com Agência EFE)

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