Venezuela e Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um acordo para voltarem a trocar embaixadores, como parte dos esforços dos dois governos para melhorar suas deterioradas relações.

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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ordenou em setembro a expulsão do embaixador dos EUA em Caracas em solidariedade a seu aliado boliviano, o presidente Evo Morales, que havia adotado medida semelhante. Em resposta, a Casa Branca expulsou o embaixador venezuelano em Washington.

O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, confirmou que os diplomatas expulsos havia nove meses voltarão a seus cargos.

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"O secretário assistente de Estado dos EUA para a América Latina, Thomas Shannon, nos manifestou (...) o desejo do governo do presidente norte-americano Barack Obama de fazer avançar um processo de comunicação mais fluida e melhorar as relações", explicou Maduro, citado em um comunicado da chancelaria.

"Nós temos uma posição muito clara quanto a esse assunto e estamos com a disposição de avançar", acrescentou.

Venezuela e Estados Unidos concordaram em abril em buscar a normalização de suas relações, depois de um ameno encontro entre Chávez e Obama, na reunião de cúpula das Américas em Trinidad e Tobago.

Uma fonte da chancelaria já havia dito à Reuters que o embaixador venezuelano em Washington, Bernardo Alvarez, retomará seu posto na sexta-feira. Do lado norte-americano, um funcionário governamental informou que a Casa Branca decidiu enviar novamente o embaixador Patrick Duddy a Caracas, mas não deu mais detalhes.

Inicialmente, Chávez havia proposto ao representante venezuelano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Roy Chaderton, que substituísse Alvarez. Mas depois os dois governos resolveram restituir os mesmos diplomatas indicados antes da crise.

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A Bolívia tomou a decisão de expulsão o representante norte-americano ao acusá-lo de instigar manifestações violentas no país. As relações entre Caracas e Washington ficaram mais tensas durante o mandato de Chávez, crítico feroz da política externa dos EUA. No entanto, ele vem demonstrando otimismo quanto à melhora dos laços desde a chegada de Obama ao poder.

Apesar das disputas diplomáticas, a Venezuela se mantém como um importante fornecedor de petróleo e outros produtos para o mercado dos EUA, que é o maior parceiro comercial venezuelano.