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A Venezuela e a Holanda vão rever as operações aéreas dos dois países, segundo comunicado conjunto divulgado neste sábado, depois de Caracas protestar contra o que chamou de voos ilegais por aviões militares holandeses no seu espaço aéreo.

Na terça-feira, a Venezuela reclamou sobre três voos "provocadores" neste mês, que teriam como origem ilhas holandesas no Caribe.

A Holanda afirmou que as alegações não têm fundamento e que quer resolver o problema pelo diálogo.

As diferenças entre os dois países acontecem desde que Caracas acusou no ano passado os holandeses de deixarem aviões de espionagem norte-americanos operarem em bases holandesas em Aruba e Curaçao.

"Foi acordada a criação de uma comissão para rever as operações aéreas conduzidas pelos dois países", diz o comunicado conjunto, divulgado depois que os ministros do Exterior se encontraram em Caracas na sexta-feira.

O documento diz que os dois países também vão estudar a possibilidade de construir um gasoduto entre a Venezuela e Aruba.

"Os ministros reafirmaram o compromisso dos seus países de absoluto respeito pela integridade e soberania territoriais", afirma o comunicado. Representante das ilhas holandesas também estiveram no encontro.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, tem dito que as ilhas holandesas estão em águas territoriais venezuelanas. No ano passado, ele acusou a Holanda de planejar uma agressão à Venezuela ao deixar operarem em suas bases aviões dos EUA.

Os holandeses dizem que há 250 funcionários norte-americanos em Curaçao e Aruba para combater o narcotráfico.

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