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Líderes da ditadura da Venezuela disseram que é “indiferente” para o país sul-americano quem ganhará a eleição presidencial dos Estados Unidos, que está sendo realizada nesta terça-feira (5), mas advertiram que o vencedor terá que lidar com um “governo revolucionário”.
Segundo informações do site Efecto Cocuyo, a vice-presidente do regime chavista, Delcy Rodríguez, fez comentários nesta terça-feira sobre a eleição americana no Fórum Parlamentar Antifascista Mundial, que está sendo realizado em Caracas.
“No dia 28 de julho, avisamos sobre o plano dos Estados Unidos para a Venezuela. Hoje há eleições nos EUA, um sistema bipartidário. O resultado é indiferente, porque a política para com o mundo [dos partidos Democrata e Republicano] é uma só, [o ditador Nicolás] Maduro disse o que viria, [os Estados Unidos] não reconheceram o triunfo do povo venezuelano, atacaram o sistema de transmissão dos resultados, fingindo que não ocorreu, mas houve resultados eleitorais e Maduro foi reeleito e ratificado na presidência da Venezuela”, disse Rodríguez.
No dia 28 de julho, ocorreu a eleição presidencial na Venezuela, fraudada pelo chavismo para que Maduro permanecesse no poder. A ditadura alegou que os Estados Unidos estariam por atrás de ataques cibernéticos ao sistema eleitoral e a sites governamentais venezuelanos, e em setembro prendeu quatro americanos, acusados de planejar matar Maduro.
Os Estados Unidos, que negaram as acusações, reconheceram o oposicionista Edmundo González como vencedor da eleição na Venezuela.
No seu programa de TV, na noite de segunda-feira (4), Maduro disse que quem quer que vença as eleições presidenciais nos Estados Unidos encontrará na “Venezuela um governo revolucionário, um governo bolivariano, um povo bolivariano, com o qual terá que conversar, dialogar, se entender, em bons termos, sempre em bons termos”.
“Espero que nenhum deles, quer um ou outro ganhe, se deixe levar novamente pelas políticas fracassadas dos sobrenomes da oligarquia venezuelana. Enquanto isso, continuaremos com nosso trabalho, nosso destino. Nosso futuro nunca dependerá do que eles decidirem no norte”, acrescentou o ditador.