A imprensa venezuelana e as redes sociais relataram falta de energia em várias partes do país nesta quinta-feira. Segundo o jornal El Nacional, os apagões atingiram mais da metade dos estados do território nacional.
O jornal Efecto Cocuyo relata que a falha do serviço de eletricidade atinge 22 dos 23 estados do país.
Na capital Caracas, o sistema de metrô suspendeu o serviço e centenas de pessoas tiveram que deixar os vagões e continuar o seu trajeto a pé. O sistema informou que todas as estações estavam fechadas por causa da falta de luz, segundo o El Nacional.
A companhia estatal de eletricidade da Venezuela afirmou que a falha no sistema elétrico foi causada por sabotagem. "Sabotaram a geração [na hidrelétrica de] Guri. Isso é parte da guerra elétrica contra o Estado. Não permitiremos! Estamos trabalhando para recuperar o serviço", disse a Corporación Eléctrica Nacional pelo Twitter por volta das 19h, horário de Brasília (18h no horário local).
O observatório de internet NetBlocks identificou interrupções críticas de conexão à internet em toda a Venezuela a partir do fim da tarde desta quinta-feira. "A interrupção é a maior em registros recentes de medições de rede em toda a América Latina", afirmou o site.
O Aeroporto Internacional de Maiquetía, o principal do país, também foi afetado pelo apagão. O deputado da Assembleia Nacional Jony Rahal publicou no Twitter um vídeo que mostra o aeroporto às escuras e informou que os geradores não estavam funcionando.
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A queda de energia começou por volta de 5 horas da tarde, hora do rush. Em alguns prédios de escritórios em Caracas, pessoas ficaram presas nos elevadores.
A falta de energia é um problema recorrente na Venezuela, a medida que a grave crise dificulta a manutenção ou a compra de peças importadas, mas o alcance dos blecautes desta quinta-feira parece ter sido maior do que o normal.
Em fevereiro, uma falha elétrica interrompeu uma entrevista coletiva do ditador Nicolás Maduro no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas. Ele falava sobre a entrada de ajuda humanitária no país quando a sala ficou às escuras.
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