O regime venezuelano iniciou nesta semana a emissão de documentos de identidade na cidade de Tumeremo, localizada na província de Bolívar, que fica perto do território de Essequibo, que neste momento está sendo alvo de uma disputa entre Caracas e a Guiana.
A informação sobre a emissão de documentos venezuelanos foi veiculada na segunda-feira (11) pelo Serviço de Identificação, Migração e Estrangeiros da Venezuela (Saime).
Por meio de sua conta no Instagram, a instituição compartilhou diversas fotos e vídeos que mostram a entrega de carteiras de identidade em Tumeremo, onde, de acordo com o regime de Nicolás Maduro, serão provisoriamente instalados os órgãos de poder criados unilateralmente pela ditadura venezuelana para tentar anexar Essequibo.
Rosalba Gil, reitora do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), e que também é responsável pelo registro da instituição, informou no Instagram sobre uma "visita institucional de reconhecimento" a Tumeremo, onde pretende abrir "novas unidades" para a coleta de dados dos cidadãos.
"Convocamos todos os essequibanos [habitantes da área em disputa], que estamos à disposição no registro civil para atender qualquer situação, providenciar seus documentos, e depois entregar sua identificação, como a carteira de identidade", disse Gil.
O fornecimento de documentos de identidade para as pessoas que vivem em Essequibo, que em sua maioria residem em comunidades indígenas, é mais uma das ações provocativas da Venezuela, depois que, segundo o regime de Caracas, a maioria de seus eleitores aprovou em um referendo unilateral a anexação do território rico em petróleo, que é controlado pela Guiana há mais de 120 anos.
Até o momento, as autoridades da Venezuela não informaram quantos essequibanos “solicitaram” a cidadania venezuelana. (Com Agência EFE)
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