Washington – A Venezuela "fracassou", pelo terceiro ano consecutivo, ao não se esforçar o suficiente para combater o tráfico de drogas, denunciou o governo dos Estados Unidos em seu relatório anual sobre o comércio mundial de entorpecentes, publicado ontem.

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O informe cita Mianmar e a Venezuela como "países que fracassaram durante os últimos 12 meses no cumprimento de suas obrigações, definidas por acordos internacionais de combate às drogas".

"O governo da Venezuela não se esforça o suficiente para impedir o tráfico de drogas" em suas fronteiras, denunciou Washington, destacando, no entanto, que nenhuma sanção será imposta a Caracas.

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Assim como em 2006, Washington informou que seguirá adiante com programas para "ajudar as instituições democráticas da Venezuela", algo "essencial para os interesses" americanos.

Bolívia

Em se tratando da Bolívia, a Casa Branca ressaltou que a cooperação do país andino no combate às drogas tem sido "irregular". "O governo boliviano cooperou muito nos aspectos referentes à proibição, e o número de operações antidrogas e de apreensões de narcóticos atingiu níveis recordes", diz trecho do relatório. O governo americano destacou que a Bolívia está prestes a alcançar este ano o número de 5.600 hectares de plantações de coca erradicados. Entretanto, o impacto destas medidas foi atenuado por novos plantios neste país, que é o terceiro produtor mundial de coca, a folha utilizada para a fabricação de cocaína.

O relatório elaborado pela Casa Branca lista os países que Washington considera como "grandes nações produtoras de drogas ilíticas, ou por onde transitam grandes quantidades de narcóticos". O fato de mencionar um país no informe não significa necessariamente criticar diretamente a atuação de suas autoridades ou seu nível de cooperação com os Estados Unidos, como no caso do Brasil, citado no informe.