O diretor geral da Polícia Fiscal e Aduaneira, Gustavo Moreno Maldonado, e o chefe do Comando Estratégico Operacional, Vladimir Padrino, anunciaram o início da medida nesta segunda-feira (12)| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

A Venezuela iniciou na segunda-feira (11) o fechamento noturno da fronteira de 2,2 mil quilômetros com a Colômbia para tentar impedir o contrabando que envolve todos os dias milhões de litros de gasolina e dezenas de toneladas de alimentos subsidiados, em um momento de grave escassez.

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Por volta das 22h00, uma brigada de 20 paraquedistas do Exército venezuelano foi mobilizada na ponte internacional Simón Bolívar - que une San Antonio (oeste da Venezuela) e Cúcuta (leste da Colômbia) - para bloquear a passagem de pedestres e veículos até as 05h00, constatou a AFP.

Mas esta passagem, uma das mais movimentadas da América do Sul e na qual o contrabando é visível durante o dia, tinha um aspecto incomumente solitário a esta hora: os poucos veículos e pedestres que, apesar das advertências das autoridades, tentaram cruzar a ponte se depararam com as forças de segurança.

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"Faltam seis minutos. Se você quer voltar à nação colombiana deve fazê-lo já", afirmou um membro da brigada, com um fuzil na mão, a uma moradora de Cúcuta, enquanto Susana, que trabalha em uma loja do lado colombiano e que conseguiu voltar à Venezuela, se perguntava: "De que serve esta confusão?".

A poucos metros, outros membros das forças de segurança inspecionavam os últimos veículos em busca de farinha, leite ou açúcar em quantidade suficiente para ser considerados contrabando, antes de fechar definitivamente a fronteira.

A medida, que para os veículos de carga pesada significa um fechamento das 18h às 5h do dia seguinte, foi estabelecida há dias pelos presidentes Nicolás Maduro e José Manuel Santos e por enquanto se prolongará por 30 dias até que as duas partes avaliem seu impacto.