O ministro das Relações Exteriores do regime da Venezuela, Yván Gil, se reuniu nesta quinta-feira (16) em Moscou, na Rússia, com seu homólogo russo, Sergey Lavrov, e declarou que as relações entre os dois países estão "em seu melhor momento" e que geram "muito bons resultados".
Gil disse que este é o terceiro encontro com Lavrov neste ano e que a "cooperação" entre ambos os países "passa por seu melhor momento" após a recente visita à capital russa da vice-presidente do regime de Nicolás Maduro, Delcy Rodríguez, e do ministro do Petróleo venezuelano, Pedro Tellechea.
Os dois países celebraram em outubro passado a 17º Comissão Intergovernamental de Alto Nível (CIAN) Rússia-Venezuela, durante a qual foram assinados 16 novos acordos em vários setores. Gil também afirmou que Caracas e Moscou compartilham "os mesmos princípios e coincidem plenamente em suas posições no âmbito da ONU e de outras plataformas internacionais".
Lavrov, por sua vez, destacou a "dinâmica de contatos muito boa" entre as duas nações e disse "valorizar muito o diálogo baseado na confiança" entre Rússia e Venezuela. Ele também agradeceu a assistência de Caracas no desenvolvimento das relações entre a Rússia e as regiões da América Latina e do Caribe. Lavrov expressou sua convicção de que as negociações desta quinta-feira seriam "muito úteis para a promoção das relações bilaterais" e para a troca de "opiniões sobre temas pendentes".
Rússia e Venezuela buscam “alternativas” ao dólar e às sanções impostas pelo Ocidente
Ainda nesta quinta-feira em Moscou, a Rússia e a Venezuela discutiram formas de fortalecer a “cooperação financeira” entre os dois países, diante das crescentes pressões econômicas impostas pelos Estados Unidos e seus aliados.
Os dois países pretendem desenvolver “mecanismos de pagamento autônomos”, que não dependam do dólar americano, e ampliar os “investimentos mútuos em setores estratégicos”, como energia, mineração, agricultura e defesa.
Lavrov afirmou que as sanções ocidentais contra a Venezuela, impostas por sua violação aos direitos humanos, são "ilegais e imorais" e que a Rússia “continuará apoiando a Venezuela em sua luta pela soberania e pela estabilidade”. Ele também elogiou os esforços do regime venezuelano “para superar a crise econômica e social que afeta o país”. (Com agência EFE)
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