O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse que só haverá um golpe no país se o ditador Nicolás Maduro tentar prendê-lo, já que sob a interpretação da Constituição venezuelana, Maduro não é um presidente legítimo porque houve fraude nas eleições de 2018.
Guaidó prometeu continuar com ações diárias, até a queda do ditador. "Vamos continuar na ruas até conseguir a liberdade de toda a Venezuela", discursou.
"Na Venezuela, a única forma de ter golpe de Estado é que me prendam. E, pelo contrário, hoje os valentes militares e civis que dão um passo à frente estão com a nossa Constituição".
"Agora vamos todos falar com os militares. Vamos todos somar com a causa, assim como os funcionários públicos. A partir de amanhã, com sua faixa azul, que representa dizer a eles que já basta", disse Guaidó, em referência ao pedaço de pano azul amarrado nos braços que está sendo usado por soldados para identificar sua lealdade à oposição.
Ele também ressaltou ter respaldo internacional e apoio de militares. "Nunca retrocedemos. Já não são só os soldados valentes de Cúcuta, os sargentos de Cotiza, agora temos os militares de terça em La Carlota".
"A família militar sabe quem se esconde e quem dá as caras. Também sabe quem nos persegue e quem nos apoia. Se o regime acreditava que havíamos chegado ao máximo de pressão, se equivocaram", afirmou.
Segundo Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, ligada ao ditador Nicolás Maduro, o líder opositor Juan Guaidó não tem forças para convocar uma paralisação escalonada no país.
"Para convocar uma greve escalonada, é preciso força. Guaidó tem força? Zero. Vejam quanta gente mobilizou hoje. [Eles] não têm povo para manejar, não têm povo para convencer de suas propostas, para que se mova com eles".