As ditaduras da Venezuela e do Irã realizaram nesta quinta-feira (21) em Caracas a décima reunião da comissão mista de alto nível dos dois países, na qual os dois regimes assinaram novos acordos de cooperação e revisaram outros firmados anteriormente.
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que esses compromissos abrem uma “nova etapa” na aliança com Teerã.
Segundo informações da agência EFE, os novos acordos não foram detalhados, mas um deles diz respeito à transferência de tecnologia do Irã na área de Inteligência Artificial (IA).
Também foram revisados cerca de 80 compromissos assinados em 2022 e 2023. Ao todo, a Venezuela e o Irã assinaram cerca de 300 acordos desde a ascensão do chavismo, há 25 anos.
“Esta décima comissão mista abre um novo capítulo, uma nova etapa abrangente, poderosa, com um mapa de cooperação”, disse Maduro, que, assim como o ministro da Defesa do Irã, Aziz Nasirzadeh, copresidente da comissão, criticou as sanções dos Estados Unidos contra os dois países.
“A partir da Venezuela e do Irã, dizemos não ao hegemonismo, não ao imperialismo, não ao colonialismo”, afirmou o ditador da Venezuela. “As sanções criminais, em vez de reduzirem o espírito de luta, o que fizeram foi aumentar o espírito de batalha”, acrescentou.
Já Nasirzadeh afirmou que “a melhor mensagem que esta comissão mista pode dar é a aliança e a unidade entre os povos e governos livres, e ela demonstra a derrota e o fracasso do sistema hegemônico mundial”.
Desde a chegada de Hugo Chávez ao poder, em 1999, Venezuela e Irã estabeleceram uma parceria devido a afinidades ideológicas e para reduzir danos das sanções ocidentais, aliança que inclui proteção venezuelana às atividades do grupo terrorista libanês Hezbollah, apoiado por Teerã, na América Latina.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; acompanhe o Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?