O governo venezuelano libertou até agora 44 opositores dos mais de 80 que serão soltos por recomendação da Assembleia Nacional Constituinte, segundo informou a ONG Foro Penal neste domingo (24).
Alfredo Romero, diretor do Foro Penal se mostrou crítico à estratégia do governo. "Melhor seria se, ao invés de libertar alguns, todos fossem liberados e mais ninguém preso", comentou em sua conta do Twitter.
Entre os primeiros que saíram livres estava Alfredo Ramos, ex-prefeito de Iribarren, cidade ao nordeste da Venezuela, e o professor Carlos Perez, que permaneceu mais de três anos na cadeia, segundo a mídia local.
Cerca da metade dos prisioneiros receberam o direito de deixar a prisão há mais de um ano, no entanto, somente agora estão sendo libertados.
O opositor preso mais emblemático é Leopoldo López, em prisão domiciliar desde 6 de agosto, cumprindo pena de quase 14 anos, acusado de incitar a violência em 2014.
As libertações fazem parte das negociações entre o governo e a opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) na República Dominicana para resolver a grave crise política e econômica da Venezuela. A terceira rodada de conversas acontece em 11 e 12 de janeiro.
Líderes de oposição acusam o presidente Nicolas Maduro de usar táticas duras de controle de seus oponentes e pressionam para que os prisioneiros sejam liberados em meio as negociações com o partido socialista do governo. As libertações recentes mostram que Maduro, que está desesperadamente buscando apoio para refinanciar sua enorme dívida externa, pode estar inclinado a atender tal demanda.
Segundo o Foro Penal, mais de 200 políticos são ainda mantidos como prisioneiros.
Com informações da Associated Press.
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