Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
América Latina

Após morte de preso político, Venezuela liberta manifestantes que contestaram eleições

Manifestação na Venezuela (Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez)

Ouça este conteúdo

Ainda em ebulição política desde o controverso resultado das eleições que reelegeram o ditador Nicolás Maduro, a Venezuela libertou, neste sábado (16), cerca de 50 manifestantes que estavam sendo mantidos em cárcere no presídio de Tocorón, noroeste do país. Ao todo, 2 mil pessoas foram presas em atos que contestaram o resultado do pleito realizado em julho deste ano.

O anúncio da liberação foi feito em uma publicação no X (antigo Twitter) por Alfredo Romero, representante da ONG Foro Penal, uma das principais instituições de direitos humanos da Venezuela. “Até o momento, cerca de 50 jovens foram libertados de Tocorón. É preciso lembrar que em Tocorón existem mais de 900 presos políticos devido à situação pós-eleitoral”, escreveu Romero.

Ainda nesta semana, o procurador-geral da ditadura bolivariana, Tarek William Saab, havia anunciado que o Ministério Público do país analisaria  225 casos de pessoas que foram presas após a eleição presidencial de 28 de julho. De acordo com ele, a decisão “tem como centro o reagrupamento familiar e consolida o compromisso das instituições venezuelanas com a paz, a justiça e os direitos humanos”. Saab também informou que a iniciativa de rever essas prisões foi tomada depois de “investigações exaustivas baseadas em novos indícios e elementos probatórios” e que deve acontecer de acordo com prazos previstos na legislação entre o Ministério Público e o Poder Judicial.

O momento da libertação dos presos políticos do regime de Maduro pode ser estratégico, com o intuito de acalmar os ânimos no país. Na última quinta-feira, María Corina Machado, uma das líderes da oposição venezuela, divulgou nas redes sociais a morte de seu partidário e um dos manifestantes encarcerados, Jesús Manuel Martínez Medina, de 36 anos. “Hoje, Jesús Manuel Martínez Medina, membro da nossa equipe em Aragua de Barcelona, ​​​​no estado de Anzoátegui, morreu nas mãos do regime. Mais um crime de Maduro e seu regime. Ele morreu pelas mãos deles, morreu por causa das condições desumanas em que foi mantido cativo.”, disparou Corina Machado.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.