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O governo da Venezuela ainda não se manifestou sobre a suposta viagem a Caracas do ex-técnico da CIA (agência de inteligência americana), Edward Snowden, acusado de espionagem nos Estados Unidos.

"Não temos nada", afirmou à Agência Efe uma fonte governamental ao ser consultada sobre essa possível viagem do americano à capital venezuelana após uma escala em Moscou, onde aterrissou hoje de acordo com meios de comunicação desse país.

Snowden chegou à capital russa procedente de Hong Kong um dia depois que os EUA solicitaram formalmente ao governo da ex-colônia britânica sua extradição sob três acusações de espionagem e roubo de propriedade governamental, por cada um dos quais poderia ser condenado a até 10 anos de prisão.

O ex-técnico da CIA admitiu que divulgou detalhes de programas de vigilância secretos, mas negou ser um "traidor".

Uma fonte informou à agência russa "Interfax" que Snowden poderia passar a noite na embaixada da Venezuela em Moscou em vez de esperar o voo para Caracas de amanhã na zona de passagem do aeroporto Sheremétyevo.

"Edward Snowden poderá entrar sem ter visto e sem ter de passar a noite na zona de passagem já que poderá ser recebido na frente do avião por funcionários da embaixada venezuelana em um carro diplomático", explicou a fonte.

Acrescentou que uma vez sentado nesse carro, Snowden formalmente não entraria em território russo e, neste caso, estaria em território venezuelano, de modo que as autoridades russas não teriam a possibilidade de detê-lo.

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