Ditador Nicolás Maduro, em discurso no início de dezembro| Foto: Miguel Gutierrez/EFE
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A Venezuela advertiu, neste sábado, que manterá o destacamento militar iniciado na última quinta-feira em sua costa atlântica até que o navio de guerra britânico “deixe” as “águas em disputa” com a Guiana, país com o qual disputa o território de Essequibo, de cerca de 160 mil quilômetros quadrados.

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“A Venezuela pode ter certeza de que sua Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) está protegendo a soberania nacional e lá, também na costa atlântica, estaremos lá até que aquele navio imperialista britânico deixe as águas em disputa entre Venezuela e Guiana”, afirmou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, em vídeo postado na rede social X, o antigo Twitter.

Ele explicou que esta “ação defensiva” foi ordenada pelo ditador Nicolás Maduro, que vê a chegada da embarcação como uma ameaça à integridade territorial da sua nação, e é realizada por “todos os meios navais, aéreos, terrestres e anfíbios”.

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Padrino, que também vice-presidente setorial de Soberania Política, Segurança e Paz, destacou que, junto com autoridades da FANB, está “supervisionando” a chamada ‘ação militar do General Domingo Sifontes’, nome desta operação de “caráter defensivo”.

“A FANB continuará mobilizada e em alerta até que o navio britânico deixe as águas disputadas”, disse Padrino.

Após o anúncio da chegada do navio, a Venezuela desdobrou 5.682 “caças”, 28 aeronaves e 16 barcos, entre outras máquinas, para estes exercícios, cuja duração e alcance são desconhecidos.

A oposição majoritária, agrupada na Plataforma Unitária Democrática (PUD), também rejeitou a chegada do navio, que considera uma ação “provocativa e desnecessária” no meio da disputa, e exigiu a sua “retirada imediata”.

A Guiana, por sua vez, garantiu que “não tem planos de tomar ações ofensivas” contra a Venezuela e que, em vez disso, está comprometida em manter “relações pacíficas” com o país vizinho.

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O presidente da Guiana, Irfaan Ali, reiterou ontem que a chegada do navio HMS Trent, da Marinha britânica, à costa da Guiana “não representa uma ameaça para ninguém”.

Na última quinta, o governo britânico pediu à Venezuela que cessasse as suas “ações injustificadas” contra a Guiana, e depois Caracas advertiu que dará ao Reino Unido uma resposta “oportuna e legítima” ao seu “comportamento ameaçador”.

A polêmica aumentou após a Venezuela ter aprovado, no último dia  3 de dezembro, em um referendo unilateral, a anexação de Essequibo, e o governo de Maduro ter ordenado a instalação de uma divisão militar perto da área disputada, entre outras medidas. EFE

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]