O Ministério Público da Venezuela anunciou neste domingo (11) que manterá presos 11 dos 243 estudantes detidos na última semana em quatro acampamentos de protesto de opositores contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
As acusações contra eles abrangem vários crimes, como posse de armas, drogas, explosivos, incitação de adolescentes para delinquência, obstrução de vias públicas e danos ao patrimônio.
Nos últimos dias, as autoridades venezuelanas vinham divulgando a conta-gotas a libertação de parte dos detidos.
Mais 155 foram libertados, mas deverão apresentar-se periodicamente à Justiça, e 15 foram encaminhados a um tratamento médico contra dependência de drogas.
Após a operação, que desmontou os acampamentos formados por pequenas barracas, o ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodriguez Torres, afirmou que a polícia apreendeu nos locais drogas, armas, explosivos e morteiros.
Desde de fevereiro, uma onde de manifestações tiveram início no país para protestar contra os índices de criminalidade, a repressão dos oponentes, a alta inflação e a escassez de produtos básicos, como papel higiênico e café.
Segundo a Reuters, foram mais de 40 mortes de ambos os lados, cerca de 800 feridos e três mil detidos, dos quais permanecem presos aproximadamente 450 desde fevereiro.
Estudantes voltaram a marchar no sábado em protesto contra a dissolução dos acampamentos. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.