O presidente em exercício da Venezuela, Nicolás Maduro, disse ontem (5) que o país não viverá mais momentos de repressão, tortura, assassinatos e prisões políticas. A reação de Maduro ocorreu durante cerimônia em homenagem ao líder estudantil Noel Rodriguez, torturado e morto nos anos de 1970. "Tenho certeza de que nunca mais ocorrerá em nosso país casos como esses de desaparecidos, torturados e mortos."
Nicolás Maduro lembrou que o líder estudantil tinha "sonhos e esperanças para uma pátria livre da pobreza e da dominação estrangeira imperialista". Após 40 anos de sua morte, o corpo de Rodriguez foi encontrado por integrantes do Ministério Público.
O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, reiterou que a morte do líder estudantil tentou "silenciar as vozes de homens e mulheres" e "destruir a vontade e os sonhos do povo venezuelano".
No próximo dia 27, será instalada a Comissão da Verdade para investigar os crimes e assassinatos cometidos no país. A procuradora-geral da República, Luisa Ortega Díaz, ressaltou que "não se repetirão" na Venezuela crimes, como o assassinato do líder estudantil em 1973.
Maria Zenaida Olaso Mata Rodriguez, mãe do estudante, foi homenageada pelo governo venezuelano ontem.