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Tensão

Venezuela ordena volta de seu embaixador à Colômbia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ao embaixador Gustavo Marquez que volte à Colômbia, 11 dias após ter sido chamado de Bogotá em resposta à declaração da Colômbia de que armas venezuelanas teriam sido encontradas com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Volte para Bogotá, Gustavo. Vá trabalhar", disse Chávez.

Chávez acusou a Colômbia de irresponsabilidade por sua acusação de que lançadores de foguetes vendidos à Venezuela pela Suécia durante a década de 1980 foram obtidos pelas Farc. A Suécia confirmou que os lançadores foram originalmente vendidos para a Venezuela. A tensão entre os dois países vizinhos aumentou depois com as negociações entre a Colômbia e os Estados Unidos para uso norte-americano de sete bases militares no país.

Mas Chávez garantiu a um grupo visitante de ativistas colombianos que não dará continuidade às ameaças de romper completamente as relações diplomáticas. A visita do grupo, liderada pelos senadores Piedad Córdoba e Alan Jara, ex-prisioneiro das Farc, segue-se à do ex-presidente colombiano, Ernesto Samper, na quinta-feira, para tentar aliviar a tensão. Córdoba, uma aliada próxima de Chávez, pediu ao presidente venezuelano que considerasse a volta do embaixador ao seu posto, dizendo: "você precisa enviá-lo". Depois, a senadora disse em entrevista que resultou em uma "muito importante mensagem" para as Farc, pedindo o diálogo.

Chávez também disse que deseja trabalhar com a Colômbia para chegar a um acordo, mas pediu ao presidente Álvaro Uribe que "seja razoável e se coloque em nosso lugar". Chávez advertiu que o aumento da presença militar dos Estados Unidos na Colômbia poderia desestabilizar a região. As autoridades colombianas têm dito que a Venezuela não precisa se preocupar e que as forças norte-americanas ajudarão a combater o tráfico de drogas. "A Venezuela está em busca de uma saída política, um caminho pela paz", disse Chávez, alegando que as autoridades norte-americanas querem dar início a uma guerra. "Eles planejaram isso no Pentágono", alegou sem oferecer provas.

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