A Venezuela pediu aos Estados Unidos a extradição de Alejandro Andrade, ex-secretário do Tesouro no governo de Hugo Chávez (1954-2013).
Andrade está sendo processado nos EUA e admitiu ter recebido US$ 1 bilhão (R$ 6,85 bilhões) em propina, por facilitar a compra ilegal de dólares a valores abaixo do mercado.
"Esperamos que os EUA entreguem à Venezuela este delinquente internacional", disse o procurador-geral do país, Tarek Saab.
O procurador revelou ter pedido a captura de Andrade à Interpol. "Este cidadão vive nos EUA, desfrutando uma doce vida de uma maneira brutal, grotesca e repugnante", afirmou.
A partir de 2003, o governo venezuelano passou a vender dólares com forte subsídio. No mercado negro, a moeda americana tem valor até 30 vezes maior. Com isso, pessoas com acesso privilegiado conseguem comprar dólares a preço baixo e revendê-los com grande lucro.
Essas transações ilegais geraram ganhos que permitiram ao ex-secretário comprar itens como 17 cavalos, 35 relógios de luxo, 12 carros e seis casas na Flórida.
Investigação da PDVSA
A empresa estatal Petróleos Venezuela (PDVSA) realizou uma investigação interna e apontou que vários de seus ex-diretores desviaram da companhia ao menos US$ 500 milhões em contratos de compras com empresas das quais eram sócios. De acordo com o jornal El País, de 48 mil contratos analisados, 2.562 foram acordados com empresas de Roberto Rincón Fernández e Abraham Shiera, que ocuparam cargos na Bariven S.A., uma das filiais da PDVSA. Outras 11 pessoas também foram acusadas.
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