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O regime de Nicolás Maduro anunciou nesta terça-feira (16) que prendeu o jornalista e ativista venezuelano Carlos Julio Rojas.
A prisão de Rojas foi executada nesta segunda-feira (15) por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin). O ativista é acusado pelo regime chavista de estar envolvido no suposto plano de “conspiração” para matar o ditador Maduro.
O procurador-geral Tarek William Saab, um forte aliado de Maduro, confirmou a prisão do ativista por meio de sua conta no X (antigo Twitter). Saab disse que Rojas era o “instigador” e “operador logístico” no alegado complô e que já existia contra ele uma ordem de prisão.
Usuários venezuelanos do X, no entanto, discordam do procurador chavista, dizendo que Rojas era um ativista que estava diariamente presente pelas ruas de Caracas protestando por direitos básicos.
A prisão de Rojas ocorre no contexto eleitoral da Venezuela, que celebrará no dia 28 de julho eleições presidenciais que já estão sendo altamente questionadas pela comunidade internacional e por opositores do chavismo.
Essa eleição provavelmente não contará com a substituta de María Corina Machado, a professora Corina Yoris, que foi impedida de realizar sua inscrição sem nenhuma justificativa. María Corina, por sua vez, já havia repassado seu posto para a professora porque foi inabilitada pelo chavismo de disputar cargos públicos.
Além disso, Maduro intensificou nos últimos meses a perseguição contra membros da oposição, justamente sob a acusação de que eles estavam envolvidos na tal “conspiração” contra seu regime. Cerca de 12 membros do partido de María Corina, o Vente Venezuela, já foram presos na Venezuela, enquanto vários outros tiveram que se refugiar na embaixada argentina em Caracas para escapar das mãos do chavismo.