O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, no seu programa de televisão, Con Maduro+| Foto: EFE/Imprensa do Palácio de Miraflores
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Dez militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) da Venezuela foram presos nesta quarta-feira (27), por acusações de “traição à pátria”, entre outras, por terem permitido o ingresso de aviões vindos do Brasil no espaço aéreo venezuelano.

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A informação é do site Efecto Cocuyo, que relatou que tais aeronaves não foram identificadas por ora.

O site venezuelano informou que os mandados de prisão foram expedidos pelo Oitavo Tribunal Militar de Controle do estado venezuelano do Amazonas, que acusou os réus dos crimes de ultraje às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Fanb), desobediência agravada, abuso de autoridade e traição à pátria.

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Os militares presos fazem parte do Comando de Zona nº 63 do estado do Amazonas.

Entre os acusados, ​​está o general de brigada Rafael Simón García Fernández, chefe do Comando de Zona nº 63. Os fatos teriam ocorrido na Base de Proteção de Fronteira Cerro Carlos Delgado Chalbaud.

Venezuela e Brasil protagonizaram uma crise diplomática entre o final de outubro e o começo de novembro, depois que Brasília vetou a entrada dos venezuelanos como país-parceiro nos Brics, na cúpula do bloco realizada na Rússia.

A ditadura de Nicolás Maduro acusou o Brasil de interferência em assuntos internos da Venezuela, ao cobrar a divulgação das atas da eleição presidencial de julho, fraudada para manter o chavista no poder.

O próprio ditador acusou o Itamaraty de subserviência ao Departamento de Estado americano e depois convocou de volta a Caracas o embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vadell, um gesto de repúdio no mundo da diplomacia.

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Porém, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que “Maduro é um problema da Venezuela, não do Brasil”, Vadell retornou a Brasília.