O governo venezuelano proibiu nesta quarta-feira o uso de eletricidade em placas e avisos publicitários luminosos como parte do plano de emergência decretado nesta semana pelo Executivo para fazer frente a crise energética.
O Ministério de Energia Elétrica decretou nesta quarta-feira uma resolução pela qual se proíbe o uso de eletricidade nos "sistemas de publicidade contidos ou promovidos em placas e avisos publicitários luminosos", de acordo com o Diário Oficial.
A resolução também proíbe o uso de energia nos avisos e placas localizados em vias públicas, mas excetuou as farmácias, centros de saúde e as instalações de segurança que deverão usar lâmpadas econômicas.
O governo informou que as novas proibições permanecerão vigentes "até que se supere a situação de emergência" e que o não-cumprimento da regulação pode acarretar no "corte do serviço elétrico de forma indefinida".
No início da semana, o presidente Hugo Chávez decretou estado de emergência elétrica no país para agilizar a aquisição de novos equipamentos, em meio à crise gerada pela seca na represa de Guri, a maior geradora de eletricidade do país, e as deficiências do sistema termoelétrico.
Embora o governo insista que a crise é consequência do fenômeno climático El Niño, alguns analistas afirmam que as deficiências na geração são consequência da falta de planejamento e o "esbanjamento" dos investimentos públicos que deveriam ir para essa área.
Chávez apresentou na segunda-feira um plano de economia de energia para obrigar os "altos consumidores residenciais" a reduzirem o consumo em no mínimo 10% por mês, caso contrário terão um aumento de 75% no valor de suas contas mensais.
O presidente disse que se "os altos consumidores residenciais" aumentarem em 10% ou mais o consumo, receberão um aumento de 100% no valor da conta e que se a elevação for de 20%, a multa será de 200%.
No caso das indústrias e estabelecimentos comerciais foi fixada uma redução de 20% do consumo, que deverá ser aplicado em duas partes: 10% no primeiro mês e os 10% restantes no segundo mês.
Chávez advertiu que os estabelecimentos comerciais e industriais que não reduzirem seus consumos sofrerão uma "suspensão do serviço" por 24 horas e que os reincidentes passarão por um novo corte de 48 horas ou a paralisação do serviço por tempo indeterminado.