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Ditadura chavista

Venezuela promete reação “proporcional” a “provocações” sobre Essequibo

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, culpou os EUA por “ameaçar a paz regional”, apesar de a Venezuela ter iniciado a crise com referendo para anexar o Essequibo (Foto: EFE/Rayner Peña R)

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O ministro da Defesa da ditadura da Venezuela, Vladimir Padrino, disse nesta sexta-feira (15) que seu país responderá “proporcionalmente” a qualquer “provocação” detectada pelas Forças Armadas nas águas próximas a Essequibo, território que o país disputa com a Guiana.

“Vamos ter uma presença firme em nosso espaço marítimo soberano, com destacamento militar e agindo proporcionalmente [diante de] qualquer provocação que possa ser tentada nesse território marítimo”, afirmou o ministro venezuelano, durante evento com militares em Caracas.

Padrino alegou que os Estados Unidos pretendem se envolver “irresponsavelmente” na disputa territorial entre Guiana e Venezuela sobre Essequibo, uma área de quase 160 mil quilômetros quadrados, rica em petróleo, que é controlada por Georgetown.

Ele criticou o fato de Washington estar promovendo exercícios militares nas águas que a Venezuela considera pendentes de demarcação e que a Guiana vê como parte integrante de sua geografia, bem como na costa atlântica do país, cuja soberania, segundo ele, é “incontestável”.

“Essas ações ameaçam a paz regional”, disse, além de lembrar que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou manter um destacamento militar nessas águas do Mar do Caribe e “defender centímetro a centímetro” o território sobre o qual o regime chavista reivindica soberania.

“Essa zona de paz está em perigo devido à presença do Comando Sul [dos EUA] nas terras e águas a serem delimitadas na Venezuela e na Guiana”, afirmou Padrino.

O chefe militar pediu que as Forças Armadas permaneçam preparadas “sem ofender ou chantagear ninguém, ou ameaçar ninguém”.

Em dezembro do ano passado, Maduro e o presidente guianense, Irfaan Ali, ativaram um canal diplomático para tratar da disputa territorial, depois que as tensões aumentaram por causa do referendo unilateral realizado na Venezuela, que aprovou a anexação dessa área, que continua totalmente controlada por Georgetown.

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