O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, determinou ontem a prorrogação da emergência nacional no setor elétrico. O anúncio foi feito durante a transmissão em cadeia de rádio e televisão de uma plenária com os trabalhadores das estatais elétricas. A medida valerá por mais 60 dias.
Até junho, a Venezuela vai estar sob regime de racionamento e apagões programados em vários Estados e imposições de multa para empresas e cidadãos que não cumprirem a meta de redução de consumo (20% e 10% respectivamente).
Se os apagões não programados são esporádicos em Caracas, as restrições se refletem em lojas, shoppings e cinemas, que reduziram a iluminação e sistemas de refrigeração.
Na transmissão, Chávez voltou a dizer que, além da seca que provocou o quase colapso da hidrelétrica de Guri, responsável por 70% do abastecimento do país, a crise energética também pode ser resultado de "sabotagens internas e externas.
Nesta semana, o governo venezuelano anunciou a prisão de oito colombianos acusados de espionagem de planejar atentados contra "a estabilidade elétrica do país. As detenções abriram nova frente de embate entre Caracas e Bogotá.
A oposição acusa Chávez de não ter feito investimento no setor.