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O ditador do país, Nicolás Maduro, participa de evento com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), em Caracas (Venezuela), em julho de 2022.
O ditador do país, Nicolás Maduro, participa de evento com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), em Caracas (Venezuela), em julho de 2022.| Foto: EFE/ Rayner Peña

O Banco Central da Venezuela (BCV) comunicou na terça-feira (13) que o país registrou uma inflação de 8,2% em agosto, 0,7 ponto percentual acima dos 7,5% comunicados pela entidade em julho.

Com os novos dados fornecidos pelo BCV, a inflação acumulada em 2022 chega a 60,5%.

De acordo com esses dados, agosto registrou a segunda maior inflação do ano no país, atrás de junho, quando atingiu 11,4%.

O setor que mais aumentou em agosto foi o das telecomunicações, com um aumento de 81,8%, seguido pelos serviços e educação, com 12,5%; lazer e cultura, com 10,2%; saúde, com 9,2%; restaurantes e hotéis, com um aumento de 8,4%; e equipamento doméstico, com 7,2%.

No entanto, o Observatório Venezuelano das Finanças (OVF), um órgão independente composto por especialistas econômicos, situou a inflação de agosto em 17,3%, 9,1 pontos percentuais acima da registrada pelo BCV.

A taxa de inflação do mês passado, calculada pelo OVF, é a mais elevada até agora neste ano, 2,8 pontos percentuais acima dos 14,5% registrados em junho.

A aceleração registrada pelo observatório responde ao aumento de 36% do preço do dólar oficial, que tem um impacto direto nos produtos e serviços, cujos preços são, na maioria, atrelados à moeda americana.

A Venezuela emergiu em dezembro passado da hiperinflação, na qual entrou em 2017 e que, durante quatro anos, reduziu o valor do bolívar, a moeda oficial, assim como a confiança dos cidadãos nela. Por isso, o dólar foi adotado de maneira não oficial como uma tentativa de proteger a renda.

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