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Yván Gil disse ao alto representante para Política Externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, que “seu novo Guaidó também fracassou”
Yván Gil disse ao alto representante para Política Externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, que “seu novo Guaidó também fracassou”| Foto: EFE/Miguel Gutierrez

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, chamou o alto representante para Política Externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, de “sem-vergonha” nesta quinta-feira (29), depois dele ter dito que os países do bloco decidiram não reconhecer a “legitimidade democrática” do ditador Nicolás Maduro.

“O sem-vergonha Borrell, o mesmo que há anos está levando a União Europeia à beira do colapso, aquele que se ajoelha perante o massacre e o genocídio na Palestina e aquele que falhou ao promover um palhaço como [o líder oposicionista venezuelano Juan] Guaidó [que teve um governo paralelo ao de Maduro entre 2019 e 2022, reconhecido pela UE] na Europa, agora quer ignorar as instituições democráticas da Venezuela”, escreveu Gil na rede social Threads.

“Na pátria de [Símon] Bolívar, onde expulsamos com sangue e fogo os impérios europeus de nossas terras, não nos importamos com seus comentários, sabemos que seus joelhos não aguentam mais as ordens de Washington, mas a Venezuela deve ser respeitada, aqui triunfou a Constituição e a democracia, dedique seus últimos dias de mandato a assumir todas as derrotas que sofreu, deixe-nos em paz, chega de tanta interferência”, disse Gil, que falou para Borrell que “seu novo Guaidó também fracassou”.

É uma referência ao candidato da oposição na eleição presidencial de 28 de julho, Edmundo González, que venceu o pleito, conforme cópias de atas de votação disponibilizadas num site.

O chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro vencedor da eleição, resultado que foi ratificado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), mas os dois órgãos não apresentaram atas comprovando a vitória do ditador.

Na quarta-feira, Borrell, que normalmente ignora os insultos da Venezuela, disse que os países da UE decidiram não reconhecer a “legitimidade democrática” de Maduro como presidente eleito porque não foram apresentados registros eleitorais.

“Ele continuará a ser o presidente de fato, sim, mas negamos a legitimidade democrática com base em um resultado que não pode ser verificado”, disse o funcionário europeu, que também explicou que os países-membros optaram por não impor novas sanções à Venezuela, depois de já terem sancionado 55 figuras políticas do país.

Nesta quinta-feira, os ministros de Relações Exteriores dos países da União Europeia concordaram em não reconhecer a vitória eleitoral reivindicada por Maduro, mas não chegaram a um acordo para reconhecer o triunfo da oposição, informaram fontes diplomáticas espanholas à Agência EFE. (Com Agência EFE)

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