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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) cancelou o convite à União Europeia (UE) para enviar uma missão de observação para as eleições presidenciais de 28 de julho no país, devido à ratificação de sanções por parte do bloco comunitário contra membros do regime e do partido chavista, anunciou nesta terça-feira (28) o presidente do órgão eleitoral, Elvis Amoroso.

“O Poder Eleitoral revoga e deixa sem efeito o convite feito à UE para participar por meio de uma missão de monitoramento”, disse Amoroso, dois meses antes das eleições e pouco depois de o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, ter solicitado o cancelamento.

O CNE tomou essa decisão “com base” no exercício de sua “soberania” e levando em conta o “incalculável dano financeiro causado ao povo [pelas sanções], afetando a saúde de crianças e idosos”, acrescentou o presidente do órgão, apesar do fato de que as medidas aplicadas pela UE são estritamente pessoais, portanto, não afetam empresas estatais ou bens públicos venezuelanos que prejudicam os cidadãos.

No entanto, ele insistiu que as sanções impedem “o acesso a medicamentos e alimentos, e também afetam a educação, o esporte e a economia, restringindo os empresários de adquirir matérias-primas e insumos que são necessários e necessários para a indústria nacional, limitando também o exercício e o princípio da liberdade econômica e sua contribuição para o desenvolvimento da nação”.

Amoroso alegou que as sanções geraram “a perda de US$ 125 bilhões que, sem dúvida, teriam sido destinados ao investimento social”. A afirmação, porém, não implica de forma alguma a UE, que não aplicou medidas econômicas ao país, mas sim a indivíduos, incluindo o próprio presidente do CNE, que recentemente recusou que suas restrições fossem suspensas, a não ser que a medida valesse para todas as pessoas sancionadas.

“Exigimos que a UE proceda à suspensão total das sanções coercitivas unilaterais e genocidas impostas ao nosso povo e cesse sua posição hostil contra a Venezuela”, insistiu Amoroso.

Ele afirmou que seria “imoral” permitir que a UE participasse, “conhecendo suas práticas neocolonialistas e intervencionistas contra a Venezuela” - apesar de o país ter aceitado uma missão de observação do bloco nas eleições regionais de 2021, quando as mesmas medidas estavam em vigor.

A decisão, de acordo com ele, “será enviada imediatamente à UE para que entenda que não é bem-vinda a este país enquanto as sanções genocidas forem mantidas”. (Com Agência EFE)

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