As Forças Armadas Venezuelanas disseram na sexta-feira que estão preparadas para repelir de forma contundente uma eventual transgressão de seu território, um dia depois de o país produtor de petróleo ter rompido relações com a Colômbia.
O presidente Hugo Chávez rompeu os laços diplomáticos entre as duas nações em protesto pelas denúncias levadas à Organização dos Estados Americanos (OEA) pela Colômbia sugerindo que a Venezuela abriga em seu território líderes guerrilheiros.
O presidente esquerdista ativou na quinta-feira o "alerta" nos pontos fronteiriços, mas as autoridades venezuelanas não relataram nenhuma mobilização adicional de militares. A Colômbia descartou a possibilidade de reforçar as fronteiras.
"Conte o povo venezuelano e o governo colombiano com uma resposta contundente por parte da Força Armada Nacional Bolivariana... se forças estrangeiras tentarem violar de alguma maneira o sagrado território", disse o ministro da Defesa da Venezuela, Carlos Mata, em declarações à televisão estatal.
Os países -- que compartilham uma fronteira de 2.200 quilômetros -- mantinham as relações congeladas desde o ano passado por causa de um convênio militar firmado por Colômbia e Estados Unidos, criticado ferozmente por Chávez por considerá-lo uma tentativa de desestabilização.
"A Força Armada Nacional Bolivariana... mantém sua prontidão operacional e está disposta a todo momento a obedecer as tarefas que no exercício do mando supremo da instituição sejam impostas pelo comandante em chefe e presidente da República", acrescentou Mata.
Chávez ordenou em 2008 a mobilização de tanques na fronteira, em reação a uma operação militar colombiana em solo equatoriano na qual morreu o líder da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Raúl Reyes.
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