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Socorristas da Cruz Vermelha da Venezuela participam de ações de resgate após fortes chuvas em Las Tejerías, em outubro de 2022
Socorristas da Cruz Vermelha da Venezuela participam de ações de resgate após fortes chuvas em Las Tejerías, em outubro de 2022| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

O vice-presidente da Cruz Vermelha da Venezuela, Miguel Villarroel, divulgou um vídeo nas redes sociais para pedir que a ditadura de Nicolás Maduro não intervenha na instituição.

Recentemente, a Procuradoria-Geral da Venezuela anunciou a abertura de uma investigação contra Villarroel e outros membros da equipe da Cruz Vermelha por supostos assédio e maus-tratos contra voluntários e funcionários da instituição.

Além disso, segundo informações do site Infobae, o número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, acusou Villarroel de irregularidades na Cruz Vermelha venezuelana e ligações com uma suposta máfia judicial, por meio das quais teria chegado a “controlar” juízes do Supremo Tribunal de Justiça.

“Peço que se abstenham de tomar essa decisão [intervenção] e permitam que a Cruz Vermelha venezuelana tome as rédeas para [encontrar] soluções que beneficiem o trabalho humanitário abnegado em favor de milhões de venezuelanos”, afirmou Villarroel no vídeo.

O vice-presidente pediu “encarecidamente” que o governo da Venezuela se dirija “aos organismos internacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho” caso tenha alguma “preocupação” sobre a atuação da instituição no país.

A Venezuela parece seguir os passos da Nicarágua, onde o Parlamento, controlado pela ditadura de Daniel Ortega, fechou em maio a Cruz Vermelha nicaraguense e ordenou a transferência dos seus bens para o Estado, acusando a instituição de participação nos protestos por democracia de 2018.

No mês seguinte, a casa aprovou uma lei autorizando que a nova Cruz Vermelha do país, totalmente local, utilizasse o emblema da instituição internacional.

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