O ministro das Relações Exteriores da Venezuela estará presente à posse do novo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, neste sábado, sinalizando uma distensão entre os vizinhos após a interrupção das relações por conta da polêmica sobre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Chávez cortou os laços no mês passado e anunciou o envio de tropas para a fronteira quando o governo do agora ex-mandatário Álvaro Uribe, aliado próximo dos EUA, disse que a Venezuela tolera acampamentos da guerrilha esquerdista em seu território.
O mais recente atrito foi visto como uma última rusga entre dois líderes ideologicamente opostos, que durante muito tempo antagonizaram sobre as guerrilhas e a presença militar norte-americana na Colômbia.
"Estamos muito otimistas," disse Chávez aos repórteres sobre as perspectivas de um confronto menor com o novo governante.
Mas em uma medida que deve complicar as tentativas de reatar os laços, o advogado de Uribe registrou uma ação em nome das vítimas do conflito colombiano perante uma corte internacional alegando cumplicidade da Venezuela com os rebeldes.
"Hoje entrei com uma ação no quartel-general do Tribunal Penal Internacional em Haia," declarou o advogado Jaime Granados à mídia local. "Esperamos que eles tomem providências."
Uribe deixo o cargo após oito anos como o presidente mais popular da história do país por ter acuado as Farc e reduzido suas ações.
As relações entre Chávez e Uribe azedaram depois que a Colômbia bombardeou um acampamento dos rebeldes no Equador dois anos atrás, e comércio bilateral minguou desde 2009, afetando as duas economias.
O Brasil e a Argentina se engajaram para negociar com Chávez um fim à disputa entre as duas nações antes de rumar para a posse de Santos.
"Rogo que você leve meus cumprimentos para o novo presidente da Colômbia e o agradeço por sempre demonstrar interesse," disse Chávez ao presidente Lula.
Santos prometeu normalizar as relações com a Venezuela.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião