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A oposição venezuelana enfrentou um novo golpe com o sequestro de María Oropeza, uma proeminente ativista e líder do Ladies of Liberty Alliance (LOLA), uma rede mundial de mulheres liberais e libertárias, no estado de Portuguesa.
Oropeza, que se destacava em sua luta contra o regime de Nicolás Maduro, foi capturada por forças do chavismo na noite de terça-feira (6) e sua família ainda não tem informações sobre seu paradeiro.
Anne Dias, advogada, diretora do LOLA e presidente do LOLA no Brasil, disse à Gazeta do Povo que Oropeza estava ativamente envolvida na campanha do diplomata Edmundo González Urrutia, apoiado por María Corina Machado, que representava a Plataforma Unitária Democrática (PUD).
“A gente já participou de alguns eventos em conjuntos, a gente fez live presencialmente, estive com ela no início deste ano, no Uruguai, numa conferência do LOLA. A gente conversava muito sobre as eleições, ela gravou alguns áudios contando as expectativas dela, ela estava bem otimista antes de acontecer a fraude eleitoral”, disse Anne Dias.
Segundo Dias, Oropeza era conhecida por seu ativismo contra o regime de Maduro e frequentemente participava de protestos. Ela suspeita que um taxista que tinha a confiança de Oropeza e passou a demonstrar um comportamento suspeito, com o envio de mensagens estranhas perguntando sobre sua localização, possa estar envolvido no sequestro, tendo recebido propina do regime e repassado a localização da opositora para os oficiais chavistas.
“Ela ia para os protestos com um taxista de confiança dela. E aí esse taxista, no dia em que ocorreu o sequestro, estava mandando mensagens muito estranhas para ela, queria saber onde ela estava, e começou com um comportamento muito estranho”, disse Dias. “A gente está julgando que esse taxista recebeu uma propina para denunciá-la”, acrescentou.
Dias relatou que a família da opositora está extremamente preocupada com a situação e que eles estão em busca de um advogado para tentar cuidar do caso. Ela afirmou que o LOLA pretende iniciar uma campanha de arrecadação de fundos para dar suporte aos familiares na busca por Oropeza.
“A família está tentando localizar um advogado e a gente do LOLA vai dar todo o suporte para isso”, disse Dias.
O LOLA também está avaliando ações legais perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e no Congresso dos Estados Unidos.
“A gente tá também tá tentando falar com um advogado para a gente entrar com uma ação na Corte Interamericana de Direitos Humanos e também vamos pedir alguma manifestação no Congresso dos Estados Unidos”, relatou Dias.
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