O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio Miraflores, em Caracas, 26 de junho. Maduro alertou que seria “implacável” com a oposição se houvesse tentativa de golpe de Estado, depois que seu regime disse ter impedido uma conspiração para matá-lo| Foto: Palácio Miraflores / AFP

Nesta quinta-feira (27), o ministro de Comunicação e Informação do regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro, Jorge Rodríguez, mostrou novos vídeos sobre o suposto plano de golpe de Estado, que incluiria o assassinato de Maduro e de outras figuras do chavismo.

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Treze pessoas já foram detidas pelo fracassado plano de golpe, afirmou o ministro chavista, que acusou o presidente interino e líder da oposição Juan Guaidó de envolvimento no complô. "Qual foi a consequência das ações criminais desses golpistas? O cárcere", disse Rodríguez em uma declaração transmitida pela televisão estatal, em que listou os nomes dos detidos, segundo o jornal venezuelano El Universal. Entre eles, está o general de brigada Miguel Sisco Mora, a quem ele qualificou como "comandante da operação".

Os familiares de Sisco denunciaram que o militar está desaparecido desde 21 de junho, quando agentes encapuzados, com armas grandes e trajes civis o detiveram, segundo a imprensa venezuelana.

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Antes das declarações de Rodríguez, o procurador-geral do chavismo, Tarek William Saab, anunciou a abertura de uma investigação penal a outros 14 civis e militares da reserva por "delitos de conspiração, terrorismo, traição à pátria e associação para delinquir".

É um "grupo totalmente subversivo, liderado por um fracassado de todas as horas, usurpador do poder de maneira circense, o cidadão Guaidó", disse Saab em uma declaração à imprensa.

Na quarta-feira, Rodríguez havia denunciado a suposta conspiração para assassinar Maduro e derrubar o regime, acusando Israel, Estados Unidos e Colômbia de participar do plano.

Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, negou as acusações, que definiu como "novela".