A estimativa é que 11.081 pessoas morreram de causas violentas na Venezuela durante este ano de 2021, conforme relatado nesta terça-feira (28) pela ONG Observatório Venezuelano da Violência (OVV) durante a apresentação de seu relatório anual.
"Estima-se que 11.081 pessoas morreram de causas violentas no país durante 2021 (uma taxa de 40,9 por 100 mil habitantes)", disse a ONG no Twitter, citando seu relatório.
O relatório aponta que, do total, 3.112 das mortes foram homicídios, 4.003 "mortes sob investigação", 2.332 por "resistência à autoridade" e 1.634 são consideradas desaparecimentos.
Além disso, o observatório revelou que as cinco entidades do país com os maiores índices de violência em 2021 foram Distrito da Capital com 77,9 mortes violentas por 100 mil habitantes, Miranda com 64,1, Bolívar com 56,8, Delta Amacuro com 52,1 e Aragua com 50,8.
Os dados foram apresentados pelo diretor da entidade, Roberto Briceño-León, que os comparou com os números do ano passado, quando a ONG registrou 11.891 mortes violentas.
"Os homicídios foram reduzidos devido à paralisação da economia, pelo domínio cada vez maior de territórios pelo crime organizado que regulamenta ou põe fim aos assassinatos", esclareceu Briceño-León.
Ele ressaltou que os dados apresentados mostram que "a Venezuela está localizada ao lado de Honduras como um dos países mais violentos da América Latina em 2021, segundo estimativas de especialistas".
Para recolher essas informações, a ONG trabalha através de uma rede de 15 equipes em dez universidades do país que monitoram dados e informações, além de produzir, analisar e divulgar conhecimentos sobre a magnitude, o risco e o impacto social da violência na Venezuela.
Em setembro, o OVV, em conjunto com a organização Centros Comunitários de Aprendizagem (Cecodap), apresentou relatório detalhando que entre 2017 e 2019 ocorreram 3.738 mortes violentas de menores de idade.
"(Um total de) 3.738 mortes violentas de crianças e adolescentes (ocorridas) entre 2017 e 2019. Desse número de mortes, 917 (24,5%) foram de meninos e meninas e 2.821 (75,5%) eram adolescentes", explicou a organização no documento.
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