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María Corina sob mira

Venezuela vai investigar líder opositora por apoiar lei contra regime de Maduro aprovada nos EUA

Venezuela vai investigar líder opositora por apoiar lei contra regime de Maduro aprovada nos EUA
A líder antichavista María Corina Machado (Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez ARQUIVO)

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O Ministério Público da Venezuela, controlado pelo chavismo, anunciou nesta sexta-feira (22) que abriu uma investigação contra a líder opositora María Corina Machado por - segundo o órgão - apoiar o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos que proíbe as instituições do governo americano de contratar pessoas ou empresas com vínculos comerciais com o regime de Nicolás Maduro.

Em um comunicado, o Ministério Público, sob liderança de Tarek Saab, aliado de Maduro, disse que decidiu iniciar essa investigação contra Machado para “ser acusada por sua promoção e apoio a esse absurdo legal que patrocina terríveis atos criminosos contra o povo venezuelano”.

O órgão argumentou que os pronunciamentos de Machado a favor do projeto de lei constituem o cometimento dos crimes de “traição”, conspiração com países estrangeiros, assim como associação para cometer crimes.

Na quarta-feira (20), Machado previu consequências para a ditadura de Maduro por causa desse projeto de lei.

“A lei Bolívar [oficialmente Lei de Proibição de Operações e Arrendamentos com o Regime Autoritário Ilegítimo da Venezuela] envia uma mensagem clara ao regime: a repressão e as atividades criminosas têm consequências, e ninguém poderá normalizá-las”, disse Machado na rede social X, embora o projeto deva ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.

Por sua vez, o ditador venezuelano descreveu a lei como “lixo” e advertiu que os opositores que apoiarem o projeto estariam cometendo crimes e teriam que enfrentar “as consequências”, sem especificar quais.

Nesta quinta-feira (21), o Parlamento da Venezuela, controlado por aliados da ditadura de Caracas, aprovou a discussão de uma lei orgânica que busca banir da política nacional os cidadãos venezuelanos que solicitarem a países, “grupos ou associações terroristas” que imponham sanções econômicas contra a Venezuela.

O projeto de lei Bolivar foi apresentado pelos congressistas pelo estado da Flórida Mike Waltz, do Partido Republicano, e Debbie Wasserman Schultz, do Partido Democrata, que acreditam, segundo as palavras do primeiro, que os EUA devem “manter as sanções existentes contra o regime e procurar expandi-las para minimizar os recursos de Maduro para abusar das liberdades e da prosperidade do povo venezuelano”.

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